2011 não foi um ano brilhante ao longo de seu tempo. Começamos em uma Libertadores da América tendo na casamata o maior ídolo de nossa história e terminamos com Celso Roth nos fazendo passar vergonha até diante do Ceará por 3 a 1 dentro do Olímpico e penalti perdido e o GREnal.
Em 2012 será o ano da despedida de nosso amado velho casarão da Azenha, o Olímpico Monumental. Poucos são os estádios nacionais que presenciaram tantas façanhas e feitos quanto este que nos despede.
Poderiamos ter uma despedida a sua altura, mas não estaremos dispoutando esse ano nada mais que o tradicional Gauchão, uma Copa Sul-Americana, uma Copa do Brasil e um Campeonato Brasileiro, o que realmente é pouco para todas as conquistas que já tivemos dentro dessa casa. Sinceramente, não queria aceitar nada menos do que a maior competição das Américas para esse ano de saudosismos.
Tantos foram os heróis que nos surgiram aqui e tantas foram as decepções que recebemos. Desde o primeiro chute a bola daquele garoto nascido em Vespesiano Corrêa vindo do Clube Esportivo Bento Gonçalves que nos levou ao título mundial de 1983, até a última vez que chegamos em uma finalissima de Copa Libertadores, em 2007, contra o Boca Juniors e fomos obrigados a nos contentar com o vice-campeonato, quando saímos devolta para nossa casa cantando o orgulho de ser gremista.
Há aqueles que aqui nasceram e nunca tiveram vergonha sobre isso e seu histórico multi-campeão, como Danrlei, assim como há aqueles que renegaram suas entranhas por alguns cruzados e tiveram seu troco, aliás, como foi gostosa aquela tarde de domingo em 30 de outubro. Ah... que bela lavada na alma foi aquela goleada em cima do Flamengo... não foi apenas uma goleada no clube mais protegido pela Rede Globo, mas um balde de água fria na festa do maior pilantra de toda história do futebol nacional, mas não vou me estender nesse assunto, por mais que me faça rir e desperte o desejo de relembrar cada detalhe.Daqui 12 meses nosso lar será outro. Nos mudaremos para o bairro Humaitá com a esperança de que tenhamos tantas vitórias quanto tivemos na Azenha.
A Arena não será apenas um dos grandes estádios da América. Será o estádio de um dos mais tradicionais da América. Será onde a alma dessa história vibrante e emocinante repousará para escrever muitos capítulos tão surpreendentes quanto os que já foram.
Amanhã, daqui exatas 22 horas e 52 minutos não teremos o início de um simples Campeonato Gaúcho numa partida entre GRÊMIO e Lajeadense. Amanhã começamos a trilhar nossos últimos passos pelas últimas conquistas que poderemos vir a ter no nosso querido Monumental.
Que 2012 seja aquele ano que esperamos há mais de uma década... O ANO DO GRÊMIO.
