sábado, 28 de janeiro de 2012

Rocha

E foi-se o capitão gremista de praticamente todo o biênio 2010-2011. Ainda que não tenha sido um período de muitas glórias - na verdade, quase nenhuma -, a passagem de Fábio Rochemback marcou a maioria dos gremistas. Além disso, foi satisfatória o suficiente para fazer com que muitos achem um erro a saída dele nesse momento, estando eu dentre estes.

Apesar da frustração causada pelo mau futebol (e má forma física) apresentado nos primeiros meses, eu acreditava no Rochemback. Os principais motivos para que eu acreditasse nele eram a qualidade técnica que ele apresentava desde cedo, naquele clube que não deve ser nomeado, e o fato de ser um "jogador com excesso de vontade", segundo os frescos do jornalismo esportivo.




Com o tempo o nosso volante, além de confirmar as duas características antes citadas, adquiriu uma grande identificação com o clube/torcida e mostrou-se uma liderança natural. Com essas qualidades, e a recuperação da forma física, Rochemback firmou-se como titular, capitão, e um dos melhores volantes a envergar a camiseta tricolor desde a saída de Lucas para a terra dos Beatles. Até diria que foi o melhor, mas o Rafael Carioca merece menção honrosa mesmo com aquele lance contra o Vitória, em Salvador, assim como o Rochemback teve seus maus momentos também.

Infelizmente, apesar dos bons serviços prestados, Rochemback sofreu do mesmo mal que vários outros jogadores sofreram ao passar pelo Grêmio, e que nós, torcedores que não estamos de passagem, temos sofrido há alguns anos: esteve ao lado de um elenco medíocre. Ano após ano, o Grêmio aposta nessa lenda de que somente esforço, sem qualidade, levanta taças e termina do mesmo jeito, sem conquistar nada além do Ruralito.

Logo no ano em que a diretoria promete um time forte e competitivo, perdemos um jogador que, para mim, era um dos pontos fortes do time. Não me importo que ele "já" tenha trinta anos, e que o clube tenha recebido um bom dinheiro considerando a idade do jogador. Sou passional quando se trata de Grêmio, não faço questão de ser racional.

É um erro apostar só no Leo Gago quando se quer ganhar campeonatos difíceis, ainda mais sem um reserva. O Grêmio precisa de mais um volante, e mais um volante bom. De nada adianta mandar o Adílson embora e trazer outra aposta tão oscilante quanto o Alemão era. O discurso da direção de que precisamos de somente de mais dois ou três reforços é preocupante. O último ano do Olímpico Monumental não pode ser mais um ano de "conquista de vaga".

Me perdoem pelo tom pessimista, mas sou cachorro escaldado, ainda mais quando a história envolve Odone e Pelaipe. Mas que seja um ano bem sucedido, para nós no Olímpico, e para o Fábio Rochemback na China.