quinta-feira, 22 de março de 2012

A minha casa

É um assunto repetitivo, mas não consigo fugir dele, e provavelmente assim será pelo resto do ano. Considerando o fraco desempenho da esquadra tricolor na noite de ontem, resolvi falar sobre isso mesmo. Porque não tem como ir ao Olímpico, e depois sair do Olímpico, meia hora após o término da partida, sem lembrar que no fim do ano isso acabou.

Eu sei que, teoricamente, o novo estádio será melhor pro Grêmio. O Olímpico está dando prejuízo, e a melhor forma que encontraram para mudar isso, foi botar o Olímpico abaixo e construir um estádio novo. Infelizmente, já passou o momento de reverter esse quadro e chegou o sempre triste momento de conformar-se.

Não vou deixar de ser gremista por causa da troca de estádio, ou porque o bairro do meu estádio - sim, porque o Grêmio, o estádio do Grêmio e tudo o mais que o envolva, é meu e do resto da torcida; especialmente sócios - será outro. Mas não é assim para deixar cinquenta e oito anos de história de lado, pra não falar na vida que eu passei lá.

Eu sei que o novo estádio gremista será moderno, confortável, atrativo comercialmente e, logo, trará lucros. Mas, me desculpe quem discorde, futebol é tudo menos isso. Sempre que vejo falarem do estádio novo, o que eu sinto é FRIO. Um estádio frio, sem áurea alguma, apesar das projeções para transformá-lo em um caldeirão. O Olímpico tem todos os motivos físicos para não ser um caldeirão e, no entanto, quantas vezes vimos times gigantes sendo fervidos lá dentro?

Enfim, a cada dia que passa, o fim de uma era sensacional se aproxima. Não consigo pensar nisso sem derramar uma lágrima de pesar e precoce nostalgia. Mas, felicidade, "torcedor" de sofá: o teu conforto tá chegando! Traga a tua ausência de HUEVOS para junto dos verdadeiros torcedores.

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